domingo, 9 de novembro de 2008

LIBERDADE

Um dos argumentos contra a crença no livre arbítrio é o que segue: “Deus teria fechado os olhos para não saber os resultados de seus atos? ”. Segundo tal pensamento, o homem poderia ser livre se o Eterno fizesse um sorteio sobre algo a seu respeito. Este argumento considera liberdade igual a desconhecimento ou indeterminação. É estranho pensar assim. Imagine que eu tomasse algumas formigas e decidisse por sorteio quais deveriam morrer e quais eu deixaria viver. Isto faria destas formigas seres livres? Certamente seriam parcialmente livres em relação à minha vontade pessoal de mata-las ou não, mas não seriam seres livres em si mesmos, seriam apenas formigas como quaisquer outras.
Mas quando falam da liberdade do Eterno, tais pessoas possivelmente não imaginam algo assim. Supõe-se uma liberdade intrínseca, superior à simples indeterminação. Pois bem, alguém pode afirmar que é uma impossibilidade lógica o Eterno criar seres com o mesmo tipo de liberdade que Ele, embora não uma liberdade tão extensa? Alguém pode afirmar que seria moralmente repulsivo ao Eterno criar tais seres? Alguém pode afirmar que a Bíblia nega que Ele tenha criado seres assim? Alguém pode afirmar ter meios lógicos de provar que ele não os criaria, por algum motivo qualquer? Pois é este tipo de liberdade que atribuo aos seres humanos, o que não nega a presciência do Eterno.

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