domingo, 13 de abril de 2008

NOTÍCIAS

Só há uma forma de eu não me irritar ao ler alguma notícia sobre ciência ou tecnologia nos jornais (ou pior ainda, ouvi-la nos telejornais). É desconhecer por completo o assunto. É sério, os jornalistas escrevem sobre o que não entendem, nem tem a intenção de entender.. Não estou sugerindo que eles errem alguma coisa de vez em quando, estou dizendo que dizem bobagens de forma aloprada, invertem o sentido de tudo, descrevem o assunto como se fossem crianças de dez anos. E muitos fazem a mesma coisa quando o assunto é história, teologia, política internacional..... Em ciência, não tem noção nem da ordem de grandeza das coisas. Em história, ignoram o que é conhecido por evidências, e crêem apenas na realidade das interpretações. Ignoram a realidade dos povos, nada sabem sobre os protagonistas dos fatos da política internacional e não tem a menor idéia do que ensinam as teologias. Eu pensava que fossem capazes de escrever de forma relevante apenas sobre política doméstica e esporte. Após ler Olavo de Carvalho e Reinaldo de Azevedo, descobri que noventa por cento do que pensava saber sobre a política brasileira, pela leitura de jornais, é simplesmente estória da carochinha. E desinteressei-me pelos esportes, antes que eu tenha uma outra grande decepção. Hoje confiro sempre alguns blogueiros, para saber outras versões dos “fatos” noticiados na imprensa.

2 comentários:

João Batista disse...

E o pior é que todo jornalista tem aquela pose de gênio iluminado, aquele ar soberbo de quem transmite a notícia enquanto a despreza, ela e todo o resto da sociedade humana por teimar em não erguer o gênio incompreendido a um altar próprio para semi-deuses.

Para não falar da vaidade dos jornalistas de TV.

Aprendiz disse...

João

Tenho uma idéia a respeito de jornalismo, não sei se muita gente concordará comigo. Muitas vezes penso que, se eu tivesse um jornal, não contrataria pessoas formadas em jornalismo. Contrataria pessoas com certo talento natural para comunicação, mas pessoas de formações diversas. Mandaria estes profissionais para cursos rápidos de redação e comunicação, e faria com que eles passassem um tempo como estagiários, aprendendo os macetes do jornalismo. Tais pessoas teriam uma formação mais ampla e variada que os jornalista comuns, e penso que isto se refletiria no forma de entenderem os fatos.