terça-feira, 29 de janeiro de 2008

IMPRENSA GOLPISTA, OPOSIÇÃO GOLPISTA...



Eu estava matutando, tentando entender como é possível que a imprensa e a oposição sejam chamadas de golpistas. FHC e Artur Virgílio vão a público e assumem que aliviaram a barra do Lulla. A mesma imprensa que publicava as teoria malucas (e comprovadamente falsas) do promotor Torquemada sobre Eduardo Jorge, agora evita falar do que é publico e notório. E quando falam, dão um jeito de dizer que é um desvio do propósito santo e justo do partido governante.
Mas falava eu sobre o promotor Torquemada e sua estranha forma de fazer “justiça”. Para quem não sabe, ele apresentava “provas” contra Eduardo Jorge, as quais eram consideradas como insuficientes sequer para abrir um processo. Então ele vazava essa mesmas “provas”, já previamente julgadas insuficientes, e as revistas “isto é” da vida as publicavam. De posse das reportagens, apresentava-as, dizendo que agora a imprensa estava confirmando suas suspeitas. E abria um processo. Perseguiu durante anos uma pessoa, sem nunca provar um nada. Naquela época, para quem não se lembra, era considerado “cool” julgar os governantes sempre culpados de tudo. Até o plano Real foi considerado como apenas um truque eleitoral de curtíssima duração. Desapareceria logo após a primeira eleição de FHC.
Agora há provas saindo pelo ladrão (desculpem o trocadilho involuntário), mas a imprensa e a “oposição” só aliviam a barra. Dizem uma coisa ou outra, só para não dar muito na cara. E o burro aqui pensando, “o que será que essas pessoas querem dizer com golpista”? Bom, acho que minha burrice tem limite, e finalmente eu entendi: Se Lulla der um auto-golpe, uns 70% da imprensa e das “oposições” o apoiariam. Talvez, tergiversem, façam muxoxo, mas apoiariam. São golpistas sim, mas a favor.

2 comentários:

João Batista disse...

A oposição está acostumada a dar golpe nos seus próprios eleitores. Veja a última campanha de Alckmin, o “opositor”. Só faltou admitir: não quero seus votos! Anti-lulistas, não votem em mim!

Assim o voto obrigatório passa a ser uma espécie de ritual deprimente obrigatório. Ergue-se a população descontente no início da campanha. A esperança propriamente dita se junta aos resquícios da campanha petista da “esperança”. Êxtase, tensão, angústia. A campanha prossegue entusiasticamente. Alguns indivíduos mais cínicos e niilistas denunciam-na como fraude, farsa, um belo truque, um belo show de sombras. Mas apenas os mais fracos e covardes se deixarão abater. Ao final, o resultado agonizante: derrota. Além da permanência da situação, os opositores entusiásticos ainda saíram do armário, se expondo às represálias dos fascistas, já que não se trata de eleição rotineira e respeitável entre homens e partidos civilizados, mas entre a alternativa única e aqueles que se opõe a tudo que há de melhor no mundo. Pronto. Agora já não são mais tão entusiásticos assim. Para quem imagina que a eleição é a escapatória ao petismo, depressão. Não há mesmo como vencer. Resta aceitar tal destino trágico e submeter-se ao algoz. Vamos lá, o PT não é tão ruim assim afinal de contas. Deixa disso. Todo mundo rouba. O Lula é neoliberal. E o discurso oficial encontra mais um beco vazio de sentido mas cheio de tralha aonde ecoar.

Aprendiz disse...

João

Já pensou que nós esperamos pelos políticos, como se fossem nossos tutores. Dizemos "O PSDB devia fazar isso ou aquilo". O PSDB é o que é. Nós, que estamos insatisfeitos é que deveriamos formar nossas próprias agremiações políticas. E, emquanto isto, só DEM.