quarta-feira, 4 de novembro de 2009

A MALDADE VESTE VERDE

Se você gosta de coelhinhos, indigne-se com isto.

Do ponto de vista energético, é horrivel. Imagine só o gasto de energia com transporte e CONGELAMENTO!!!

Do ponto de vista econômico, deve ser uma das formas de energia mais caras já imaginadas.

Parece maldade pura.

sábado, 24 de outubro de 2009

Duplo angélico

Não conhecia o conceito de duplo angélico e achei-o interessante. E o Pedro Sette-Câmara expressou-se de forma muito prática. Clique no título.

segunda-feira, 7 de setembro de 2009

VENDO O LADO BOM DAS COISAS

Moro no estado mais populoso do brasil, um estado economicamente fortíssimo, com infraestrutura bem acima da média, e muito belo.

Alguém dirá: mas os seus três senadores, ninguém os leva a sério.

É verdade, mas isso poderia ser bem pior. Poderiam leva-los.

domingo, 5 de julho de 2009

UM VÍCIO CHAMADO SOBERBA III

DENTRO DO PENTECOSTALISMO

Como os leitores já devem ter percebido, não discordo da atualidade dos dons do Espírito do Eterno. Mas, dito isto, temos de reconhecer que o pentecostalismo moderno, nas suas diversas vertentes, merece um capítulo à parte na história da soberba. É um tema um tanto difícil e espinhoso, ainda mais se desejamos evitar generalizações e má compreensão dos motivos das pessoas. Toda pessoa que conhece ou conheceu por dentro alguma vertente pentecostal, sabe do que estou falando. Existe um problema de soberba dentro do pentecostalismo, como existe dentro de qualquer movimento humano, mas existem particularidades a respeito da ocorrência da soberba entre os pentecostais, e é por isso que eu digo que esse assunto merece um capítulo à parte. Há alguns pontos que quer por em relevo sobre isto:
  1. Soberba no suposto uso do Dom de profecia.
    Não é difícil prever como o suposto dom de profecia pode ser um meio de opressão sobre os irmãos e obtenção de poder. Um pouco de leitura a frio, o conhecimento dos conceitos da congregação sobre a “doutrina” e sobre a pessoa que “recebe” a “profecia”, percepção das suas atitudes, modo de se vestir e se portar, reações à própria fala do “profeta”. Os motivos do “profeta” podem ser vontade de aparecer, desejo de poder, vingança, loucura. Alguns realmente confundem seus próprios pensamentos com uma suposta revelação. Sobre a dinâmica de como isto é recebido pelo povo, falarei depois. O ponto que quero ressaltar é que muitos pastores tem percepção de que algo errado está (ou pode estar) acontecendo, e se sentem desconfortáveis sobre isto, mas não sabem como lidar com o problema. Por que? As abordagens de muitos pastores a respeito do tema parecem-me ruins. Acredito, entre outras coisas, que tais pastores não tem instrumentos mentais com os quais possam tratar situação, e isto é, em grande parte, sinal dos tempos.
    Tenho visto duas abordagens principais. Há aqueles pastores que fazem uma abordagem binária: Os dons devem ser aceitos totalmente sem nenhuma contestação, pois isto seria impedir o “mover” do Espirito Santo. Quem pensa assim não tem parâmetros, as profetadas, supostos dons de línguas e “unções” as mais estapafúrdias tem livre curso, por mais estranhas, desrespeitosas e prejudiciais que sejam. Ou os dons devem ser proibidos e ponto.
    Outra abordagem é a analógica. Muitos pastores julgam que devem encontrar um suposto “equilíbrio” no tratamento da questão. Não parece que muitas pessoas tenham alguma idéia clara do que seja esse tal “equilíbrio”, de maneira que dificilmente podem encontra-lo. Mas a Bíblia fala a respeito de como lidar com o problema, visto que há vários textos no livro de Atos dos Apóstolos e principalmente nas cartas, que falam sobre os dons do Espírito. A 1ª Carta aos Coríntios é particularmente reveladora, pois trata especificamente dos vários problemas que podem estar associados à questão. E a abordagem que o apóstolo Paulo faz nessa carta não diz nada a respeito de “equilíbrio” (o que parece uma figura de linguagem que mais obscurece que clareia a questão) mas sim sobre compreender os fundamentos da questão, e com sabedoria aplicar essa compreensão aos casos objetivos. Figuras de linguagem podem se tornar muletas mentais, que substituem a compreensão real do problema por analogias, ao mesmo tempo que a mente anestesiada julga estar realmente pensando sobre o problema. A figura do equilíbrio, em particular, tirada de um conceito físico, induz aquele que a usa a adotar algum tipo de “meio termo”, o que pode ser uma solução boa ou não (geralmente não). Segundo a abordagem de Paulo, toda profecia, e portanto, toda língua interpretada, deve ser julgada espiritualmente (mas em muitos casos, só a confrontação com a Bíblia e com a lógica podem ser suficientes). Isso levará parte das profecias a serem aceitas e (grande) parte não, sendo que muitas ficarão “penduradas”, esperando o desenrolar dos acontecimentos. Não tem nada a ver com “equilíbrio”, é uma abordagem muito mais inteligente e prática.
  2. Soberba por não ser “tradicional”.
    É bastante visível essa soberba em ação nos comentários, nas “análises”, na cegueira em relação às qualidades e virtudes de crentes “tradicionais” e na cegueira em relação aos pecados e loucuras de muitos pentecostais. No meu caso em particular, cheguei a firmar a crença na atualidade dos dons do Espírito pelo estudo da Bíblia, pelo confronto de argumentos. Mas, muitas pessoas que tiveram alguma “experiência”, ao invés de buscarem a explicação do que aconteceu-lhes na Bíblia, perdem a confiança no estudo da Bíblia, e juntam-se a grande LEGIÃO (quem lê entenda) dos que denigrem qualquer estudo sério e sistemático das Sagradas Escrituras. Os que estudam são acusados de estarem presos à “letra fria da lei”, de serem promotores do “racionalismo árido”. Fazem coro com gente que odeia a Bíblia, como os “emergentes”, o pessoal da “teologia relacional”, “teologia da libertação”, toda esquerda “cristã”, a “teologia liberal”, etc. Eu me entristeço profundamente quando vejo pentecostais junto com esses tipos. Quem não leu o Salmo 119, não sabe o que está perdendo.
  3. Soberba por falar em línguas.
    Isto é particularmente estranho. Entre os pentecostais há muitos que consideram a glossolalia uma evidência de estar cheio do Espirito Santo. Não está escrito ou subentendido em texto algum da Bíblia. Mas quem tem um objetivo prévio de tirar certa conclusão, freqüentemente acaba, mesmo que inconscientemente, fazendo “exegese” tipo “conta de chegar”. Para quem não concorda com a tese e sente-se intimamente livre para ver o óbvio, esse orgulho apresenta-se como aquilo que realmente ele é. É possível ver claramente o desastre acontecendo bem diante dos nossos olhos.
  4. Estimulando a soberba dos “ungidos do Senhor”.
    Eu já falei sobre isso em outro texto aqui, o soberbo é intrinsicamente manobrável. Sendo um instrumento útil, seus mentores resguardarão seu “patrimônio”, incentivando sempre esse aspecto tão “interessante” da sua personalidade. Eu já falei sobre pastores que não sabem como tratar o problema, mas é óbvio que isso não encerra o assunto. Há muitos “pastores” que não teriam nenhum motivo para considerar a soberba dos “profetas” como um problema, se é que o leitor entende o que estou falando. Mas há mais do que crime doloso aqui. Dentro da própria congregação, a loucura de uns é apoio para a loucura de outros. E há um ponto particularmente espantoso sobre a psicologia de grupos: Não é a opinião da maioria que se impõe, mas a “opinião” de quem grita mais, de quem se impõe, de quem ameaça ou se faz de vítima (ou ambas as coisas ao mesmo tempo), de quem detrata, mente e abusa. É claro que a “superação” do “pensamento lógico desumano” ajuda bastante. Os piores casos são os de “pastores” promotores da maldade, em confluência com congregações particularmente desequilibradas. O resultado, como costuma acontecer numa dinâmica dessas, é o cerceamento das consciências, pois “ai de quem falar contra os ungidos do Senhor”. E a medida do pecado do povo continua aumentando.


Uma última palavra. Ninguém, por ser pentecostal, queira vestir uma carapuça que não lhe cabe. É um problema endêmico (mas não “universal” no meio pentecostal) , mas as piores coisas da descrição acima aplicam-se a casos extremos … como o de IVONE MUNIZ.

terça-feira, 9 de junho de 2009

CONHECE AO SENHOR – PARTE 3


“Julgou a causa do aflito e do necessitado; então lhe sucedeu bem; porventura não é isto conhecer-me? diz o Senhor.” Livro do profeta Jeremias, capítulo 22, verso 16. a respeito do bom rei Josias.




VISTA

Que bem podemos alcançar, em uma Igreja caída? Ou, colocando de outra forma, como devemo-nos guardar em meio a uma geração perversa? Há advertências específicas para os tempos da apostasia, nos quais já estamos entrando, mas não começarei por elas. È importante lembrarmos de onde caímos, como disse o Messiah à igreja em Éfeso (Apocalípse, capítulo 2). É difícil lembrar, pois esta é a primeira igreja, portanto fala de algo que aconteceu há muito tempo.

O verdadeiro amor não se ensoberbece, e se um pecado primevo da Igreja gentílica é a soberba, então é certo que deixou o amor. Quem quiser guardar-se do espírito deste século, deixe de lado primeiro seu ódio aos judeus, característico destes últimos tempos. Tal ódio, em outros tempos mais explícito, hoje esconde-se sob as mais diversas capas, instigado todo dia pela imprensa e pela academia e pela 'igreja emergente' . O ser humano de hoje considera-se tão 'puro' e 'imaculado', tão pacifista, que não toleraria olhar de frente para seu próprio ódio. Assim esconde-o sob aparência de 'bondade' e 'desprendimento'. Em menos de cem anos nós, os humanos, massacramos, prendemos e torturamos muito mais dos nossos semelhantes, por 'idealismo' e 'bondade', do que jamais havíamos feito, em qualquer outro século, por interesse próprio.

Feito isto, estamos prontos para o segundo passo. Leiamos as palavras de nosso Mestre. Mas as leiamos com muito mais respeito do que jamais as temos lido. Não podemos, se afirmamos que nosso Salvador é a Palavra do Eterno encarnada, trata-lo com menos respeito do que seria tratado um autor qualquer. Mas o mínimo de respeito por um autor qualquer, exige, de um leitor instruído, que considere suas palavras no contexto do seu debate com seus precursores e contemporâneos. O que vou sugerir ao leitor é talvez quase inimaginável, sob o peso de quase dois milênios de ódio atroz contra tudo que é judaico, mas vou dizer mesmo assim: Leia Yeshua e seus emissários no contexto dos debates judaicos anteriores e contemporâneos a eles. Não dê muita atenção a comentários atuais sobre tal contexto, pois tais comentários estarão contaminados por visões extemporâneas. Escave as fontes, e leia o máximo que conseguir de citações de documentos os mais antigos. Quando os comentários posteriores citarem textos antigos, dê mais atenção aos textos citados do que aos comentários, não deixe sua mente escrava dos comentaristas. Se souber alguma língua antiga, tanto melhor. Deixe sua mente imbuir-se do contexto, rejeite 'esclarecimentos' simplificadores, mas tente apreender os debates na sua complexidade. Separe os diversos debates, os diversos debatedores, e os diversos contextos. Lembre-se sempre que Yeshua e seus emissários eram JUDEUS. Qualquer coisa que soe grega, seja estoicismo, gnosticismo, platonismo, não é parte real dos debates de Yeshua, que viveu a maior parte da meninice e toda sua vida adulta em Israel, falava hebraico (e aramaico) e conhecia muito bem os ensinos das diversas tradições rabínicas. Portanto, concentre-se no que é propriamente judaico. Quanto aos emissários, vale a mesma regra. Mesmo Saul (Paulo) é um autor judaico, discípulo do grande rabino Gamaliel. Tudo que houver de grego nele é apologética ou tradução de algum conceito judaico. Se você não encontrar a raiz hebraica de algo que Paulo disse, então você não terminou a lição de casa. E tenha sempre em mente que o Messiah e seus emissários dialogaram com seus antecessores e contemporâneos, mas não tiveram compromisso nenhum com autores posteriores. Tudo que foi dito depois, até o dia de hoje, é sempre suspeito de ser postiço ao debate real deles. Isto é o mínimo de consideração que merece qualquer autor. Não tratemos o Messiah e seus emissários com menos respeito que isto.

Terceiro passo: “Conhece ao Senhor”. Este é o mais difícil de todos. Haverá um tempo no futuro em que muitos conhecerão ao Senhor. Mas isto é oposto à espiritualidade deste era. Vivemos tempos de apostasia, em que há 'espertos' que sabem estar se aprofundando nos mistérios de Satanás e tolos que, julgando estar encontrando Deus, também estão se aprofundando nos mistérios de Satanás. Esta é a era da igreja emergente, a igreja de Laodicéia (leia Apocalipse), que pensa estar encontrando tesouros espirituais, mas nunca soube discernir entre o ensino do Espírito Santo e o ensino de espíritos enganadores. Conhecer ao Senhor exige uma santidade que não temos, um amor verdadeiro ao próximo. Mas vivemos a era do falso amor, em que os de consciência culpada apóiam trambiqueiros e totalitaristas, abusadores de crianças e loucos, terroristas e genocidas, se tão somente a imprensa lhes disser que, apoiando tais pessoas, serão 'do bem'. Mas é possível amar realmente, se amarmos as pessoas e não a nossa imagem. Se você quiser que digam “você é do bem”, então você será escravo da sua imagem, escravo das forças das trevas. Mas se você não se importar que lhe digam “você é do mal”, então poderá ajudar realmente aqueles que o deus deste século não quer que sejam ajudados: Os seus irmãos perseguidos, e aqueles que não confiam no espírito da época, e aqueles que o espírito da época elegeu para serem sacrificados ao diabo.

Suponho que quem agir assim, terá a vista desanuviada. Verá o que nunca viu, enxergará as nações sem máscaras. O Espírito do Eterno instruirá tal pessoa.

AINDA O "AQUECIMENTO GLOBAL"

ESSA É MUITO BOA:

http://ecotretas.blogspot.com/2009/06/neve-no-reino-unido-em-junho.html

Quando o povo vai resolver deixar de ser pateta? A última década foi de estabilização e depois diminuição das temperaturas, mas a imprensa comprada continuou a ladainha.

domingo, 31 de maio de 2009

CONHECE AO SENHOR – PARTE 2

“Hipócritas, bem profetizou Isaías a vosso respeito, dizendo: Este povo honra-me com os seus lábios, mas o seus coração está longe de mim. Mas em vão me adoram, ensinando doutrinas que são preceitos dos homens.” Palavras de Yeshua, no Evangelho segundo Mateus, capítulo 15, versos 8 e 9.

“E neles se cumpre a profecia de Isaías, que diz: Ouvindo, ouvireis, mas não compreendereis, e, vendo, vereis, mas não percebereis. Porque o coração deste povo está endurecido, e ouviram de mau grado com seus ouvidos, e fecharam seus olhos; para que não vejam com os olhos, e ouçam com os ouvidos, e compreendam com o coração, e se convertam, e eu os cure.” Palavras de Yeshua, no Evangelho segundo Mateus, capítulo 13, versos 14 e 15.

“Digo pais: Porventura tropeçaram, para que caíssem? De modo nenhum, mas ´pela sua queda veio a salvação aos gentios, para os incitar à emulação. E se a sua queda é a riqueza do mundo, e a sua diminuição a riqueza dos gentios, quanto mais a sua plenitude! Porque convosco falo, gentios, que enquanto for apóstolo dos gentios, glorificarei o meu ministério; para ver se de alguma maneira posso incitar à emulação os da milha carne [israelitas] e salvar alguns deles. Porque se a sua rejeição é a reconciliação do mundo, qual será a sua admissão, senão a vida dentre os mortos? E, se as primícias são santas, também a massa o é: se a rais é santa, também os ramos o são. E, se alguns dos ramos foram quebrados, e tu, sendo zambujeiro, foste enxertado em lugar deles, e feito participante da raiz e da siva da oliveira, não te glories contra os ramos; e, se contra eles te gloriares, não é tu que sustentas a raiz, mas a raiz a ti. Dirás pois: os ramos foram quebrados para que eu fosse enxertado. Está bem; pela sua incredulidade foram quebrados, e tu estás em pé pela fé; então não te ensoberbeças, mas teme. Porque, se Deus não poupou os ramos naturais, teme que te não poupe a ti também.” Carta do apóstolo Paulo aos romanos, capítulo 11, versos 11 a 21.


TRAGÉDIA

A guerra fraticida entre duas religiões irmãs, o judaísmo pós-exílico e o cristianismo, ambas descendentes do judaísmo semi-nacional do primeiro século, inicia-se antes que as duas estejam totalmente formadas. Muitos rabinos odeiam o Messiah, Yeshua, que eles tem como apenas mais um seguidor da escola de Hilel. Inventam mentiras contra ele, interpretam mal suas palavras, colocam tropeços diante dele, e finalmente entregam-no aos romanos, que o matam. Quando os discípulos de Yeshua anunciam sua ressurreição, isto lhes parece a pior das afrontas. A ressurreição de Yeshua provaria que suas palavras eram verdadeiras, que ele era realmente o Messiah. Isto faria deles os assassinos daquele que era esperado por muitos séculos, pelo seu próprio povo. Assim, eles se juntam aos gregos e romanos na perseguição aos seguidores de Yeshua.

Já os seguidores gentios de Yeshua, pelo fim do primeiro século ou início do segundo, começam a desviar-se do seu ensino de amor e passam a aprender dos gregos o ódio contra os judeus. São pessoas de origem pagã, muitas vezes influenciados por seitas gnósticas que chegam a adentrar fortemente na igreja. O desprezo dos gnósticos pelos judeus e pela matéria impregna-se nestes 'cristãos'. Foi relativamente fácil torcer as palavras de advertência aos judeus por parte de Yeshua e dos emissários (apóstolos) para faze-las significar, em vez de advertência de amor, ódio, em vez de confirmação da Palavra profética, sua negação ou distorção, em vez de confirmação do Ensino de Moisés, seu desprezo. A igreja gentílica vira-se contra a própria raiz hebraica do cristianismo. Em meio à luta doutrinária, formas mais alucinadas da negação das raízes hebraicas, como o marcionismo, são deixadas de lado (pelo menos na aparência), mas o espírito daquilo que veio a chamar-se cristianismo, torna-se pesadamente anti-judeu. Os próprios nomes que escrevemos na Bíblia, “antigo testamento” e “novo testamento” são de origem marcionita.

Então acontece a catástrofe. Tendo já domado o espírito do 'cristianismo', as forças gnósticas (lembremos que esta era a religião oculta dos poderosos do império) dão o golpe final, tornando este 'cristianismo' desfigurado, em religião oficial. Milhões de pagãos tonam-se repentinamente “cristãos”, no que os entusiastas do evangelismo a qualquer preço de hoje poderiam considerar o mais importante movimento de “evangelização” da história (e esta história está começando a repetir-se). O imperador Constantino, sem jamais ter abdicado de seus cargos oficiais dentro do mitraísmo, torna-se também co-governante da igreja. Os antigos bispos cristãos (inclusive os de Roma) dos quais muitos sofreram e morreram para não arredar pé do que criam, não teriam aprovado acordo tão esdrúxulo. O bispo de Roma, fortalecido por sua ligação com o imperador, torna-se poderosíssimo e riquíssimo. A Europa torna-se 'cristã', mas como os próprios católicos viriam a compreender depois, Cristo (o Messiah) jamais entra dentro do seu espírito.

Mas quantos, tendo entrado na igreja por vias tortas, não vieram, conhecendo depois o evangelho do Messiah, a encontrar salvação? Se crermos que o Eterno é maior que o mal e que, portanto, não precisa dele, todos que encontraram salvação assim, teriam sido salvos de outra forma. Não sejamos como os ímpios que dizem, “façamos males para que o bem prevaleça”. Quando a Bíblia diz que o Eterno transforma o mal em bem, não quer dizer que Ele seja dependente do mal, mas que sua bondade, sabedoria e previdência são tão grandes que, antecipando-se ao mal, traça, a partir da situação particular que o homem enfrentará, um escape pelo qual este chegará ao Bem.


RESULTADOS PREVISTOS

Na Carta aos Romanos, capítulo 11, Saul (Paulo) adverte os crentes gentios para não se ensoberbecerem contra os judeus, pois se assim agissem não seriam poupados, mas cairiam da mesma forma que os ramos naturais. Vamos tentar entender o que Paulo disse: Ele fala de ramos naturais (judeus) que foram “cortados”. E interessante notar que tais pessoas, isto é aqueles ministros que mataram o Messiah, não foram cortados no sentido de terem sido excluídos do judaísmo, mas continuaram fazendo parte da comunidade de Israel. Não era uma tragédia visível. Como Joab, eles continuaram exercendo seus cargos, mas estavam longe da presença do Eterno. A pior coisa de esconder de si mesmo os próprios pecados, é que tal estratégia pode ter sucesso. A sensação horrível de estar excluído da presença do Eterno, e uma não consciente expectação do castigo, que não podem ser resolvidos pelo arrependimento ('mudança de mente', isto é ver o Bem e o mal da perspectiva divina), pois seus crimes reais estão escondidos de sua consciência. A Bíblia declara “o que encobre suas transgressões jamais prosperará, mais aquele que as confessa e deixa, alcançará misericórdia”. Mas os seres humanos, por regra, tentam esconder seus crimes da sua própria consciência, e o pior castigo que podem sofrer é obter sucesso nessa empreitada fatídica. Uma alma nessa situação tem reações estranhas. Pode atribuir-se crimes fictícios, ou atribuir crimes fictícios aos outros, ou ver a si mesmo como um “impecável”, ou adorar alguém (ou a sí mesmo) como um deus. Tal estado tem o poder de distorcer o senso de realidade, e mentiras óbvias, que noutra situação seriam percebidas, são inexplicavelmente engolidas. Tal pessoa é uma presa fácil para todo tipo de enganador “pasto para as feras do campo”. Sua sede pelo espiritual acaba sendo “saciada”, mas não pelo Eterno.

Eu pouco sei a respeito do fim que tiveram aqueles ministros que rejeitaram o Messiah, mas eu conheço um pouco melhor uma outra história que muitos dos leitores também conhecem. A advertência de Paulo, como o leitor bem sabe, não foi de forma nenhuma acatada, na maior parte da história da Igreja. Ensoberbecer-se contra judeus é o que cristãos usualmente tem feito por quase dois milênios. Paulo fala que tais pessoas deveriam temer ao Eterno, caso contrário, também seriam cortadas. E, como a história confirma foi exatamente o que aconteceu. Também não foram cortados, em geral, no sentido explicito, mas acabaram tornando-se uma grande massa de joio, em meio a pouco trigo. De perversão em perversão, crime em crime, paganismo em paganismo, o 'cristianismo' decaiu tanto, até que alguns papas, entre o fim da idade média e o início da moderna chegaram a ser considerados, por cardeais, arcebispos e escritores católicos como verdadeiros “anti-cristos”.

Agora, como todos podem ver, olhando ao redor, as advertências do Messiah aos fariseus, nos capítulos 13 e 15 do Evangelho segundo Mateus, são claramente aplicáveis à Igreja gentílica quase inteira, seja nas suas vertentes romana, oriental ou protestante. A única esperança da Igreja é que o Eterno conforme sua profecia, separe o joio do trigo.

Continuarei depois esta série de artigos.

segunda-feira, 25 de maio de 2009

CONHECE AO SENHOR – PARTE 1

“Julgou a causa do aflito e do necessitado; então lhe sucedeu bem; porventura não é isto conhecer-me? diz o Senhor.” Livro do profeta Jeremias, capítulo 22, verso 16. a respeito do bom rei Josias.
“Eis que vem dias, diz o Senhor, em que farei um concerto novo com a casa de Israel e com a casa de Judá. Não conforme o concerto que fiz com seus pais no dia em que os tomei pela mão, para os tirar da terra do Egito; porquanto eles invalidaram o meu concerto, apesar de eu os haver desposado, diz o Senhor. Mas este é o concerto que farei com a casa de Israel depois daqueles dias, diz o Senhor: Porei a minha Lei no seu interior, e a escreverei no seu coração; e eu serei o seu Deus e eles serão o meu povo. E não ensinará alguém mais a seu próximo nem alguém a seu irmão, dizendo: Conhecei ao Senhor; porque todos me conhecerão, desde o mais pequeno deles até ao maior, diz o Senhor, porque lhes perdoarei a sua maldade, e nunca mais me lembrarei dos seus pecados.” Livro do profeta Jeremias, capítulo 31, versos 31 a 34.
“E ele [Yeshua] disse-lhes: Por isso, todo o escriba instruído acerca do reino dos céus é semelhante a um pai de família, que tira do seu tesouro coisas novas e velhas.” Evangelho segundo Mateus, capítulo 13, verso 52.
“Mas aquele Consolador, o Espírito Santo, que o Pai enviará em meu nome, esse vos ensinará todas as coisas, e vos fará lembrar de tudo quanto vos tenho dito” Evangelho segundo João, capítulo 14, verso 26.
“Hipócritas, bem profetizou Isaías a vosso respeito, dizendo: Este povo honra-me com os seus lábios, mas o seus coração está longe de mim. Mas em vão me adoram, ensinando doutrinas que são preceitos dos homens.” Palavras de Yeshua, no Evangelho segundo Mateus, capítulo 15, versos 8 e 9.
“ E neles se cumpre a profecia de Isaías, que diz: Ouvindo, ouvireis, mas não compreendereis, e, vendo, vereis, mas não percebereis. Porque o coração deste povo está endurecido, e ouviram de mau grado com seus ouvidos, e fecharam seus olhos; para que não vejam com os olhos, e ouçam com os ouvidos, e compreendam com o coração, e se convertam, e eu os cure.” Palavras de Yeshua, no Evangelho segundo Mateus, capítulo 13, versos 14 e 15.
“Digo pais: Porventura tropeçaram, para que caíssem? De modo nenhum, mas ´pela sua queda veio a salvação aos gentios, para os incitar à emulação. E se a sua queda é a riqueza do mundo, e a sua diminuição a riqueza dos gentios, quanto mais a sua plenitude! Porque convosco falo, gentios, que enquanto for apóstolo dos gentios, glorificarei o meu ministério; para ver se de alguma maneira posso incitar à emulação os da minha carne [israelitas] e salvar alguns deles. Porque se a sua rejeição é a reconciliação do mundo, qual será a sua admissão, senão a vida dentre os mortos? E, se as primícias são santas, também a massa o é: se a rais é santa, também os ramos o são. E, se alguns dos ramos foram quebrados, e tu, sendo zambujeiro, foste enxertado em lugar deles, e feito participante da raiz e da seiva da oliveira, não te glories contra os ramos; e, se contra eles te gloriares, não é tu que sustentas a raiz, mas a raiz a ti. Dirás pois: os ramos foram quebrados para que eu fosse enxertado. Está bem; pela sua incredulidade foram quebrados, e tu estás em pé pela fé; então não te ensoberbeças, mas teme. Porque, se Deus não poupou os ramos naturais, teme que te não poupe a ti também.
Considerai pois a bondade e a severidade de Deus: para com os que caíram, severidade; mas para contigo, a benignidade de Deus, se permaneceres na sua benignidade; de outra maneira, também tu serás cortado. E também eles, se não permanecerem na incredulidade, serão enxertados; porque poderoso é Deus para os tornar a enxertar. Porque, se tu fostes cortado do natural zambujeiro e, contra a natureza, enxertado na boa oliveira, quanto mais esses, que são naturais, serão enxertados, na sua própria oliveira! Porque não quero, irmãos, que ignoreis este segredo (para que não presumais de vós mesmos); que o endurecimento veio em parte sobre Israel, até que a plenitude dos gentios haja entrado. E assim, TODO O ISRAEL será salvo, com está escrito: 'De Sião virá o Libertador, e desviará de Jacó as impiedades. E este será o meu concerto com eles, quando eu tirar os seus pecados.' Assim que, quanto ao evangelho, são inimigos por causa de vós; mas, quanto à eleição, amados por causa dos pais. Porque OS DONS E A VOCAÇÃO DE DEUS SÃO SEM ARREPENDIMENTO.” Carta do apóstolo Paulo aos romanos, capítulo 11, versos 11 a 29.


CEGUEIRA

Para começar, peço desculpa aos leitores por ter colocado alguns trechos em caixa alta. Não considero os meus leitores como analfabetos funcionais, mais ficarei feliz em abrir os olhos mesmo a alguns destes que por acaso passarem por aqui. Vamos às minhas considerações.

Há bastante tempo, tenho conversado com minha esposa e com outras pessoas a respeito da dificuldade de muitos evangélicos, inclusive pastores, em entender muito da Bíblia. Não falo de pessoas tão faltas de conhecimento que isto não deva ser levado em conta. Falo de pessoas que realmente estudaram teologia. Alguns dirão que falta discernimento espiritual para compreenderem as coisas mais profundas. É verdade, falta direcionamento espiritual. Já dizia o apóstolo, que os crentes são guiados pelo Espírito do Eterno. É certo que para ser assim dirigido, o crente (incluindo os pastores) devem permanecer quietos algum tempo diante do Eterno (João 14: 26). E hoje pouca gente se permite tal tempo. Quanto aos atuais ministros do evangelho, ao contrário dos apóstolos, muitos consideram sua ocupação mais importante servir as mesas, no lugar de dedicar-se à oração e ao estudo da Palavra Santa (quem conhece o livro dos Atos dos apóstolos, sabe do que estou falando). Não penso que os ministros de outras tradições cristãs estejam em melhor situação.

Entristece-me que “métodos” e “estratégias” humanos sejam considerados mais importantes que ouvir a voz do Espírito. Todo tipo de engano e manipulação tem entrado na Igreja, pois os ministros não identificam o real problema: Eles são órgãos do corpo sem comunicação com a Cabeça. Leitura da Palavra, oração e meditação são a resposta. Quem age assim, ao ouvir seus irmãos, percebe as palavras que estão de acordo com o Eterno, e as que são da carne. Deixa de ter só coisas velhas em seus tesouros, só conceitos que aprendeu há muito tempo, e que dificilmente se tornam verdadeiros em sua vida (Mateus 13: 52).

Mas a falta de discernimento chega a ser tanta, que não se pode explicar apenas pela leniência no estudo e na meditação. Parece mais que distração, parece haver uma venda nos olhos de muitos ministros e crentes. A Bíblia fala alguma coisa sobre este tipo de entenebrecimento dos sentidos? Epa! Fala sim, mas não pode ser . . . são palavras de Jesus Cristo aos judeus (Mateus 13: 14 e 15), mais especificamente aos fariseus. É isso mesmo, aos judeus, aqueles “desprezíveis” “hipócritas”, gente que é incapaz de compreender a doçura da “vida espiritual”, presos que estão à “letra fria” da “ultrapassada” “lei de Moisés”.

'Ei, espere aí', dirá o leitor, 'não me ofenda, não sou um anti-semita. Não estou preso a esses estereótipos medievais'. Pode ser que não. . . conscientemente. Mas você não pode negar que nossa cultura é anti-semita. Considere que talvez, algo do que pensa a atual igreja cristã tenha profunda raiz anti-semita. É este ponto que procurarei explorar, tirando daí algumas conseqüências.


HISTÓRIA

Talvez o leitor não saiba disto, mas os escritos gregos antigos que falam da religião judaica (pelo menos aqueles que chegaram até nós) não são muito lisonjeiros. De uma forma geral, procuravam depreciar o culto hebreu. Falavam, por exemplo, de um suposto bode que seria cultuado dentro do Lugar Santíssimo, no templo em Jerusalém. O tom geral desses escritos varia do desprezo à oposição. Pesquise o leitor a respeito, não é difícil comprovar o que digo. Essa má vontade primordial, essa tendencia à detração, deve ficar na mente do leitor, para que possa compreender minha argumentação.

Agora vejamos como começou aquilo que hoje é conhecido como “cristianismo” (uma palavra de sentido bastante amplo, que pode englobar, em suas várias acepções, coisas até incompatíveis). Haviam muitos Escritos proféticos na Bíblia hebréia (a Tanach, que hoje é mais conhecida como “Antigo Testamento”) a respeito de um personagem futuro, o Ungido (Messiah, transliterado do hebraico, ou Cristo, transliterado da tradução grega). Para compreender isso, deve-se saber que o ato de ungir uma pessoa (derramar azeite de oliva com certas ervas aromáticas sobre a cabeça) era uma cerimônia tipicamente israelita, pela qual profetas, reis e sacerdotes eram comumente estabelecidos. O ato tem sido interpretado como uma invocação ao Deus de Israel, pedindo que Seu Espírito guie e proteja a pessoa para que esta possa desempenhar bem sua função. Este Deus de Israel é YHWH, o “Eu Sou”, normalmente entendido como aquele que existe sem ser causado. Não me perguntem a pronúncia, pois os próprios judeus não têm certeza sobre isto.

A aparente incongruência entre os Escritos proféticos sobre o Messiah levaram, na antiguidade, alguns estudiosos hebreus a proporem a existência de dois ungidos (Messiah) um ditoso, reinando para sempre, outro sofredor, morto violentamente, mas ambos igualmente justos servos do Altíssimo. O livro do Profeta Isaías atribui ao Messiah sofredor a capacidade de servir como sacrifício expiatório pelo povo, de modo a trazer a este perdão, restauração e cura. A palavra que reunia estas três coisas era salvação, o que torna o Messiah o salvador. É essencial entender que isto não foi uma invenção cristã, mas algo vindo do judaísmo. O Talmude chega a mostrar o Messiah como um leproso e desprezado, explicando assim este texto profético. Outro ponto de difícil compreensão nos Escritos proféticos é a atribuição de nomes e características divinas ao Messiah. Há um único outro personagem (além de YHWH) a quem é atribuída divindade na Tanach: Aquele a quem certo targum chama de Palavra de YHWH, explicando as teofanias que surgem no começo da Tanach (pesquise).

Muitos supostos Messiah foram nomeados entre os judeus, mas em cada caso revelaram-se uma decepção. Por isto, aqueles judeus que são crentes na palavra profética, continuam esperando por ele. Outros criaram uma nova interpretação, segundo a qual o Ungido seria uma figura dos melhores entre o povo de Israel. Esta interpretação parece ter surgido como uma reação anti-cristã. Muitas interpretações dentro do judaísmo e do cristianismo parecem ter surgido como negação um do outro.

Para compreender a origem do cristianismo, devemos entender que o Caminho, nome antigo do grupo de judeus que criam que Yeshua é o Messiah, surgiu como um grupo religioso judaico. Isso é tautológico. Mas quero dizer num sentido mais estrito ainda. Eles se viam como judeus seguidores do Ensino (Torah de Moisés). Não eram um grupo de judeus que abandonaram o judaísmo. Mais do que isto, praticamente cada uma de suas doutrinas e práticas pode ser rastreada até suas raízes hebraicas e as doutrinas de seu mestre também. Não eram nem mesmo uma revolução dentro do judaísmo, mas apenas desenvolvimento “natural” dentro dele. É difícil para nós, gentios, percebermos isto, mas todos os ensinos principais de Yeshua eram um diálogo com rabinos de sua época e anteriores. Muito do que ele disse não era novo, embora boa parte não fosse pensamento dominante dentro do judaísmo da época, bastante dividido.

No judaísmo messiânico (o Caminho) a ressurreição de Yeshua integra os textos proféticos conflitantes, pois tendo ressuscitado em corpo glorificado, aquele que foi o servo sofredor pôde tornar-se Rei Eterno. Isto é peculiar a esta forma de judaísmo, mas não foi buscado como uma explicação teológica, e sim surgiu do fato da ressurreição. Outra crença peculiar é a integração entre os dois personagens de atributos divinos, o Messiah e a Palavra de YHWH. Até onde eu saiba, isto nunca tinha sido proposto antes de João ter feito esta integração, mas depois de feita, parece a explicação mais “natural”.

Este grupo religioso judaico depara-se, de repente, com uma situação inusitada. Surgem pessoas de outros povos, crentes no Messiah. Primeiramente samaritanos, isto é pessoas que seguem uma outra religião, intimamente aparentada com o judaísmo, mas diferente. São descendentes das tribos israelitas do norte, que se misturaram com outros povos trazidos pelo império assírio para Israel. Sua religião também era nacional, como a judaica, seguem uma versão da Torah um tanto modificada, não aceitam os Escritos e os Profetas (as outras duas partes da Tanach) e adoravam em Samaria, e não no segundo Templo, reconstruído por Esdras em Jerusalém. Se nem a Tanach completa eles aceitavam, certamente passavam longe do ensino dos rabinos. Impressionantemente, os judeus crentes no Messiah Yeshua aceitaram os samaritanos como seus irmãos, superando séculos de oposição entre os povos, sem exigir ou sugerir que devessem separar-se dos seus compatrícios e adotar o judaísmo propriamente dito. Até onde eu saiba, nenhum autor escreveu sobre isto e é estranho que um fato tão importante não tenha chamado a atenção.

Posteriormente, alguns gentios não samaritanos conhecem a fé no Messiah. Alguns crentes, vindos do farisaísmo, entendem e passam a ensinar que a os gentios crentes não terão “salvação” sem entrarem para o judaísmo primeiro (e por judaísmo queriam dizer também as interpretações mais aceitas entre os rabinos fariseus). A congregação dos crentes reúne-se em Jerusalém, desautoriza tal ensino e exige dos novos crentes apenas o cumprimento das Leis de Noé para serem aceitos como irmãos (além de certos preceitos éticos considerados universais, mas que poderiam não ser percebidos por pessoas vindas do paganismo).

No base desta doutrina de abertura da relação com o Eterno fora do judaísmo, está a percepção de que a Torah, princípio do judaísmo, contém aspectos particulares ao povo judeu no exercício de sua função nacional. Ligada à terra, ao povo e à história hebréia e, ao mesmo tempo, contendo as lições mais universais sobre o homem e sua relação com o Eterno, com seus semelhantes, e consigo mesmo, a Torah é um dilema que nunca havia (nem tem sido, desde então) suficientemente resolvido. Em toda sua formalidade, não é portável para fora da antiga nação judaica. Mas não portar tal Tesouro para todos os outros povos seria um crime. A doutrina paulina e o judaísmo de Akiva são duas formas diferentes de transpor a Torah para fora do judaísmo nacional. A doutrina de Akiva tenta transpô-la para uma religião comunitária de exílio. A doutrina de Saul (Paulo) torna-a pessoal, portátil. Um cristão pode viver oculto, em solidão, em qualquer lugar do mundo, sob qualquer regime, em qualquer família, sob qualquer condição cultural ou econômica, e manter-se cristão. Sua Torah está tão dentro dele, que ele pode viver sem símbolos dela.

quinta-feira, 19 de fevereiro de 2009

TERRORISTMO MIDIÁTICO: ECONOMIA

É uma forma de terrorismo, iludir pessoas para que acreditem em numa narrativa falsa, a fim de que tomem decisões erradas no futuro. Leia este impressionante texto, no endereço abaixo e entenda o que realmente aconteceu na grande depressão:

http://www.ordemlivre.org/node/490

POR FALAR EM DARWIN...

NO último dia 12 foi comemorado o 200º aniversário de nascimento de Charles Darwin. Jesus disse: “Pelos frutos os conhecereis.” Veja alguns dos FRUTOS DA TEORIA DA EVOLUÇÃO: 1) mais de 100 milhões de pessoas foram mortas no século passado por um dos filhos do evolucionismo, o MARXISMO; 2) milhões morreram, dentre eles 6 milhões de judeus foram vítimas de genocídio por dois netos do evolucionismo (filhos do filósofo Nietzsche), o NAZISMO e a EUGENIA (aprimoramento da espécie humana pela destruição de raças “inferiores”); 3) milhões de bebês foram assassinados no ventre por uma neta do evolucionismo (filha do marxismo cultural, através da Escola de Frankfurt), a REVOLUÇÃO SEXUAL; 4) outros milhões foram mortos por essa mesma neta, através do vírus HIV; 5) milhões de negros filhos de escravos sofreram discriminação, e muitos foram mortos pela Klu Klux Khan “cristã” por causa de um filho adotivo do evolucionismo, o RACISMO; 6) milhões de jovens e adolescentes são destruídos a cada ano pelas drogas, alcoolismo, suicídio, promiscuidade, por causa de outros filhos do evolucionismo, o RELATIVISMO MORAL e o EXISTENCIALISMO NIHILISTA (corrente filosófica segundo a qual a vida não tem sentido nem valor); 7) milhões de pessoas deixaram de reconhecer e se arrepender de seus pecados, preferindo acreditar que têm problemas psicológicos por culpa de seus pais, graças a outra filha do evolucionismo, a PSICANÁLISE; 8) os seminários teológicos na Alemanha e depois em todo o mundo começaram a colocar em dúvida os fatos relatados na Bíblia, principalmente os sobrenaturais, criando gerações de pastores e missionários sem convicções doutrinárias firmes por causa de outra neta do evolucionismo, a TEORIA LITERÁRIA CRÍTICA. Quer mais? Eu poderia falar de eutanásia, “mordaça gay”, “direito” das crianças (de serem insubmissas), etc. (E posso demonstrar que todas estes males beberam na fonte do evolucionismo.) Tudo isso por uma teoria que até hoje não pôde ser comprovada (nunca será), embora seus defensores tenham conseguido impô-la como verdade absoluta sobre a sociedade nos meios de comunicação e na escola. Hoje o evolucionismo é aceito pela fé, como se fosse uma religião. Ore para que o Espírito Santo abra os olhos de muitos estudantes que estão sendo submetidos a esse veneno; ore para que os pastores deixem de se acovardar diante da pressão do mundo e assumam uma defesa corajosa do criacionismo bíblico; ore para que mais igrejas procurem realizar palestras e conferências sobre o tema, trazendo cientistas e professores cristãos para mostrar como a Natureza comprova a Criação e não a evolução. Por que muitos teólogos aceitaram uma solução de compromisso, tentando conciliar evolução e criação, a Igreja enfraqueceu no evangelismo e na sua ética. Não seja indiferente a esse assunto, pensando que o importante para a Igreja é pregar o Evangelho. Sem Criação, não há Evangelho! Se antes do homem surgir na Terra, milhões de plantas e animais evoluíram, adoeceram, envelheceram e morreram, então não é verdade que a morte e a maldição da Natureza são conseqüência do pecado do primeiro casal. Além disso, se o homem está evoluindo, não há uma Queda e maldição na raça humana. E também, se o Gênesis não é confiável, porque o seria os Evangelhos? Não é à toa que muitas pessoas resistem ao Evangelho dizendo que são ateus ou agnósticos, não crêem em Deus e na Bíblia. Elas estão com a cabeça cheia de evolucionismo ou dos seus filhos e netos listados acima. Leia: Os Fatos sobre Criação e Evolução, de John Ankerberg & John Weldon; Criação versus Evolução: a Batalha pela Verdade, de Steve Herzig & Lorna Simcox; Evolução: uma Heresia em Nome da Ciência, de Júlio Severo. Sobre o dilúvio leia Quando as Pedras Clamam e os Montes Pregam, de Norbert Lieth. Recomendo o vídeo A Falta de um Mecanismo, de Randal Pollard, que mostra quais são os principais problemas científicos com a evolução (você pode adquirir na loja virtual do site Chamada da Meia-Noite). Veja outros vídeos criacionistas excelentes no site TV Origens. Em inglês há ótimos sites de cientistas criacionistas: Creation Ministries International, The Creation Research Society e Institute for Creation Research. Neste último, veja o texto What is there to celebrate about Darwin's 200th Birthday?, de Tas Walker, que mostra o que realmente está em jogo. Use esses materiais como recurso para fortalecer a sua fé; repasse para os que estão enganados para arrancá-los das garras do Diabo ou para aqueles filhos de crentes que estão estudando para prevenir que apostatem da fé por dar ouvidos ao ensino evolucionista. (Chamada da Meia-Noite & Julio Severo & Institute for Creation Research)

domingo, 15 de fevereiro de 2009

TERRORISMO MIDIÁTICO - CLIMA

EXAGERANDO

Deve estar claro agora, para a maioria dos leitores, que o suposto “aquecimento global antropogênico” não é um consenso. Deve estar claro também que o 'lobby' político e econômico em favor da crença num aquecimento global antropogênico é poderosíssimo. Os fatos reais são os seguintes: Pode-se conceder, talvez, que houve algum aquecimento (uma fração de grau centígrado) em 150 anos. Digo talvez, pois climatologistas sérios dizem que é muito difícil extrapolar os dados mal distribuídos no espaço e no tempo, em um século e meio, para obter uma suposta “temperatura média” ano a ano, na atmosfera toda (na verdade, na atmosfera e nos mares, pois estes fazem parte do mesmo sistema termodinâmico). Mas, concedendo que tenha havido um aumento, irregular no tempo e no espaço, da “temperatura média global”, e concedendo mesmo que a variação de alguns décimos de grau num ente matemático tal como uma “temperatura média global” (qualquer que seja a sua definição) tenha algum significado real, fica claro que aqueles que “prevêem” um forte aumento da temperatura nas próximas décadas foram incapazes de prever sua recente queda. Alguns leitores com menos conhecimento das ciências naturais podem estranhar o fato de eu por em dúvida que haja algum significado real para pequenas variações na “temperatura média global”, mas isto é o normal nessas ciências. Para todas as grandezas físicas, não há significado real para variações pequenas (o que seja “pequeno” depende da grandeza física).
Mas, voltando ao assunto, não é espantoso que a recente forte queda de temperatura no hemisfério norte não tenha sido prevista. Cientistas críticos da tese do aquecimento global antropogênico dizem há muito tempo que os modelos matemáticos usados pelos aqecimentistas são grosseiros, e o próprio clima é excessivamente complexo para o atual conhecimento humano. Menos espantoso ainda é o fato da mídia não ter dado nenhum destaque às quedas de temperatura. Não é espantoso, mas é chocante, para quem não entendo o que está acontecendo. Já há vários anos tem havido uma diminuição da “temperatura média global” medida pelos critérios que foram usados para determinar o seu anterior aumento. Como, possivelmente, tal variação, por muito pequena, não tem significado real, podemos falar em 'não aumento'. Mas em meio à ação política e midiática dos aquecimentistas, a mídia considerou conveniente não falar sobre isto. Os recentes fortes invernos no hemisfério norte são o coroamento de um processo de anos, cuja publicidade estava, de certa forma, proibida. Agora, simplesmente ficou impossível negar os fatos.
Vamos tentar tirar conclusões do comportamento dos principais órgãos de imprensa do mundo, e dos EUA em particular:
1.Os aquecimentistas tiveram força política e econômica para impor sua agenda sobre a imprensa e a academia. Não são uns sujeitos fraquinhos lutando contra o “sistema”. São parte do “sistema”. E provavelmente pertencem à parte mais forte dele, pois tiveram força o suficiente para fazer a mídia em peso afirmar o falso e negar o verdadeiro.
2.Entre os “céticos” encontram-se um grande número de cientistas aposentados ou em fim de carreira, isto é, aqueles que são pouco ou nada afetados pela pressão econômica da distribuição de verbas, ao contrário dos aquecimentistas, sempre cientistas dependentes de verba. Portanto, os bastidores políticos da academia (e seus financiadores) estavam ao lado dos aquecimentistas.
3.Os “céticos” não são os poderosos, cheios da grana das grandes empresas, conforme se dizia. São pessoas que afirmavam a realidade, mas apesar disso eram tratadas como falsas, compradas, interesseiras. Elas não tiveram poder suficiente nem para fazer a imprensa noticiar os fatos mais evidentes.
4.Os políticos do partido republicano americano não tem força suficiente para afirmar uma verdade. Aqueles que tentaram se opor à febre aquecimentista foram vilipendiados pela imprensa sem dó. Portanto, não fazem parte do núcleo do 'Establishment' americano. São, no máximo, uma parte tão fraca dele que não tem poder para defender-se nem a si mesmos, quanto mais para serem o “poder dominante no mundo”, como a mídia brasileira os pinta. Um grupo de pessoas que é tratado como bandidos na grande imprensa, pelo fato de afirmarem a verdade, não podem ser os “donos do mundo”.
5.O negocio da imprensa é conhecer os fatos (para afirma-los ou para nega-los). Visto que a grande imprensa sabia dos fatos que agora se tornam evidentes, pode-se tirar conclusões a respeito do tratamento que deu aos “céticos”. Toda sua “denuncia” da “maldade” e “espirito mercenário” dos “céticos”, aparece agora como afetação maldosa e difamação. Quando Paul Krugman e outros colunistas ligados às esquerdas americanas ficavam “escandalizados” com a “irracionalidade” e “radicalismo” dos “céticos”, podemos agora entender que estavam, na verdade, fazendo campanha de difamação pública contra inimigos políticos (algo considerado normal, meritório mesmo, nas esquerdas).
6.Mentira e difamação em larga escala exigem muita grana. Mas não pode ser a grana principalmente da indústria, neste caso, pois a indústria americana é prejudicada ou pelo menos ameaçada pela política aquecimentista. Há grandes industrias, menos ligadas ao solo americano, que podem ter participado ou não do financiamento da fraude. Mas há um ramo dos negócios que pode conviver facilmente ao declínio da economia americana e até ganhar dinheiro com isto, e tem capital suficiente para bancar uma fraude desse tamanho. É o ramo financeiro, volátil por natureza, principalmente os especuladores financeiros. E quem é o principal financiador do partido democrata americano, das fundações esquerdistas e do “ambientalismo”? Justamente o ramo financeiro. O especulador George Soros está agora como os dois pés dentro do gabinete obâmico. Coincidência?
7.E finalmente, quem são os grandes perdedores? A população dos países pobres, escolhida para ser “tutelada ambientalmente” pelos órgãos globalistas, ONU, fundações internacionais, entidades de “defesa do meio ambiente”, a “sociedade civil organizada”, a imprensa. Decidirão, a partir de fora, quem pode crescer e quem não pode, quem deve passar fome, quem deve ter uma situação apenas “tolerável” e quem pode fazer negócios em larga escala.
8.Quem são os grandes ganhadores? Todos os globalistas. Pelo medo de crises e em nome da proteção, se criaram grandes impérios. O medo é um poderoso agente de domínio sobre o público, que nunca seria desprezado pelo globalismo.
Se isso não é terrorismo, o que é? “Exagero” é um eufemismo, diante de tanta impostura da grande mídia.
Sugiro ao leitor a consulta aos seguintes endereços:
http://mitos-climaticos.blogspot.com/
http://www.metsul.com/secoes/?cod_subsecao=33

domingo, 1 de fevereiro de 2009

Orquestra da vida (Texto da Ivania)

A vida é uma canção, cheia de partituras de difícil entendimento.
São notas que se vão, deixando para trás espaços vazios,
com entoações às vezes de alegria e às vezes de tristezas.
Uma coisa, é certa, a vida sempre nos surpreende, na sua trajetória musical.
Saudades são notas esquecidas, e partituras não lidas em noites de verão.
No coração, estão marcados os compassos
que damos em passos de lentidão,
tentando estender as notas a mais tempo de existência.
Com alegria ou com tristeza, a vida é
a música mais suave que gostamos de ouvir.
Por várias mãos são tocadas,
teclas diferentes de instrumentos urgentes,
mãos que muitas vezes, estão ausentes.
Estão presentes em notas silenciosas,
na memória de quem ainda reconhece suas cordas
presentes no instrumento chamado vida;
vidas de singela sinfonia,
que ainda estão tocando em suave harmonia;
às vezes tristeza, às vezes alegria;
sons, batuques e melodias;
a vida é a orquestra que, quando termina, o som das palmas são:
“volta outra vez!!”

GUERRA. MORTES E NÃO MORTES DE CIVIS.

Protegendo civis que são alvos

Qual o motivo do número relativamente pequeno de mortes de civis israelenses, após tantos anos sob ataque de mísseis palestinos? Milhares de mísseis caindo sobre a população civil, teriam provocado uma hectacombe em qualquer pais do mundo. Mas em Israel, provocou a morte de “apenas” umas poucas centenas de pessoas.
A aprovação da construção de uma casa, em Israel, envolve necessariamente a previsão de um ambiente de estrutura reforçada (frequentemente um banheiro ou um porão), capaz de fornecer alguma proteção contra explosões. Um sistema de radares integrados em todo país detecta os mísseis inimigos, determina sua trajetória e zona de impacto e aciona sirenes para avisar a população sob risco. Após o impacto, o excelente serviço de emergência israelense minimiza possíveis perdas de vida, com um socorro muito rápido e ótimo atendimento hospitalar, que salvam pessoas que seriam consideradas desenganadas em muitos hospitais do mundo.
Apesar de minimizar muito o número de mortes, a proteção dada aos civis pela governo israelense não impede os imensos danos materiais, inclusive pela interrupção constante do trabalho. Os danos psicológicos, principalmente para as crianças, são terríveis.


Provocando a morte de civis que não são alvo


O principal objetivo do terrorismo é a guerra psicológica. Terroristas precisam de mortos, e caso não os obtenham entre os civis do outro lado, podem obtê-los do “seu” próprio lado (como se o terrorista estivesse “do lado” de alguém). Como obter mortos? Simples. Colocando civis na linha de tiro. “Melhor” ainda, lançando misseis do meio de bairros, escolas, mesquitas, etc. A retaliação provoca mortes, e os terroristas poderão alegar que a morte de civis era o objetivo “real” da retaliação. Funciona perfeitamente se os jornalistas estiverem do lado dos terroristas e o público for bastante trouxa. Mas isto pode “melhorar” ainda mais. Edifícios civis podem ser usados como depósito de munição e armas. “Melhor” ainda, se for “armadilhado”, com cargas explosivas especialmente preparadas para explodir da forma mais fácil possível.
E quanto aos civis, como garantir o maior número deles? A fanatização da população é “útil”, mas pode não ser suficiente. Trancar pessoas ou mante-las sob armas de fogo garante a “cooperação”. Impedir a saída da população das ruas e bairros de maior concentração de foguetes, inclusive com a morte sistemática dos que fogem, eis aí uma técnica aprovada pelo uso. Seqüestros de crianças nas ruas de gaza para uso como escudos humanos tem sido registrados (veja vídeos na internet). Em último caso, importa-se mortos (técnica inaugurada no Líbano). De qualquer forma, os terroristas detém o monopólio dos números “isentos”, aceitos pela imprensa.

sábado, 10 de janeiro de 2009

DIREITA

Um bom tempo atrás, conversando com pessoas próximas, tive dificuldade em dizer o que é direita. É estranho que eu tenha tido essa dificuldade, pois direita se define como oposição à esquerda, isto é como oposição ao movimento revolucionário, entendido aqui na acepção que Olavo de Carvalho lhe dá. Pensando dessa forma, é muito fácil perceber o que eu entendo como direita, basta entender qual é o sentido real das ações do movimento revolucionário, e expressar com certa objetividade o que seria contrário a isto. É claro que as intenções declaradas do movimento revolucionário, em qualquer de suas formas, seja o marxismo-leninismo, o nazismo, o maoísmo, ou qualquer outra, são irrelevantes para este propósito.

Sendo eu um direitista, tentarei descrever para o leitor meus pensamentos a respeito de vários assuntos, nos quais eu me vejo em oposição ao movimento revolucionário, e aos seus movimentos de apoio.

1.O direitista crê numa sociedade leve e num governo leve, quase uma forma mais branda de anarquismo. Tem um certo temor de que um número excessivo de regras ou um controle excessivo do governo (e da “sociedade civil organizada”) sobre as pessoas, tire delas a liberdade de falar, de pensar, e até mesmo a percepção da realidade. O direitista acredita na Lei natural, isto é acredita que as regras devem considerar a natureza intrínseca da condição humana e a percepção da Justiça dentro do homem.

2.Por causa disso, o direitista é desconfiado quanto ao aumento do número de leis e regulamentos. Quando uma nova norma é proposta, o direitista pensa se não seria um bem, ou um mal menor que aquela lei não existisse. Nós tendemos sempre a preferir fortemente soluções institucionais e legais mais simples e menos coercitivas. E estamos certos quanto a isso, pois soluções legais extremamente complexas e altamente restritivas geralmente são um desastre.

3.Pelo mesmo motivo, o direitista prefere que a atuação do governo na economia seja mais limitada. Mas, vejam só: para nossa sorte, a economia funciona melhor quando o governo não a controla excessivamente. Os regimes de maior intervenção do governo na economia foram os de menor liberdade e maior carência de recursos, inclusive comida.

4.Mas uma sociedade e um governo leves pressupõem que as pessoas terão de tomar mais decisões por si mesmas, serem menos tuteladas. Isso pressupõe que as pessoas terão de ser responsabilizadas pelos resultados dos seus atos. Um direitista tende, portanto, a ser menos “bonzinho” e “compreensivo” com os erros e crimes das pessoas. Mas, que sorte a nossa, as sociedades nas quais se exige das pessoas a responsabilidade pessoal pelos seus atos, são mais pacíficas e se desenvolvem melhor.

5.Sendo mais desconfiados em relação ao funcionamento das instituições públicas em geral, e do governo em particular, os direitistas rejeitam propostas completas de reconstrução da sociedade, por governos, supra-governos e seus anexos.

6.Entendemos que o ser humano não teria capacidade suficiente para definir de maneira clara as conseqüências da infinidade de fatores atuais, para determinar de maneira inequívoca o curso da história nos próximos séculos. E nem mesmo é provado que o conjunto total dos fatores atuais determina inequivocamente todos os fatos futuros.

7.Portanto, não estranhamos que o curso da história tenha seguido uma direção tão diferente da prevista por qualquer ideologia. Estranhamos sim é que existam muitas pessoas que depositam toda sua fé nas previsões de ideologias cheias de erros de análises, erros sobre os fatos, e até má-fé. Apesar de tudo, tais ideologias não só são ainda amadas pelos “intelectuais”, mas todos os crimes cometidos em nome delas são tidos como coisinhas insignificantes pela maioria dos formadores de opinião.

8.Considerando que a economia é apenas um aspecto do homem e da sociedade humana, nós direitistas podemos ficar atentos a toda forma de opressão. Sabemos que a opressão pode vir pela busca de poder, e não só pela busca de dinheiro, e que a inveja e o desejar mal ao seu vizinho são forças tão ou mais poderosas que o desejo de enriquecer. Sabemos que há regimes de força, onde não há mecanismos de resistência da sociedade aos desatinos dos seus governantes (na verdade, tais mecanismos seriam ilegais em tais regimes). Contrariamente aos idiotas úteis, não nos causa espanto algum que tais regimes tenham se revelado extremamente opressores, ao ponto de serem genocidas na real acepção do termo.

9.Contrariamente aos socialistas, não vemos como um mal a derrocada econômica dos países socialistas. Seria um mal muito grande que regimes tão opressivos e genocidas fossem viáveis a longo prazo.

10.Sendo um cético a respeito do planejamento de longo prazo e da capacidade de previsão do homem, o direitista é relativamente apegado às tradições. Ele acredita que as mudanças mais lentas são geralmente melhores que as repentinas, pois o ser humano precisa de tempo para avaliar os efeitos reais de seus atos, freqüentemente muito diferentes dos efeitos esperados.

11.Por não crermos excessivamente na capacidade humana de previsão, e mais ainda, por crermos no direito natural à liberdade, cremos que a engenharia social é um mal terrível, e seus proponentes e executores deveriam ser denunciados e combatidos.

12.Por crermos no valor da liberdade humana, consideramos como geralmente prejudiciais mecanismos de tutela sobre pessoas adultas e sãs, nisto incluídas as polícias do pensamento (censura prévia, “politicamente correto”, domínio da imprensa pela expulsão dos jornalistas divergentes, etc).

13.Sabemos e não temos preconceitos que nos impeçam de afirmar, que a terrível perseguição que os regimes socialistas executaram contra grande parte da população, não se limitou ao combate a elementos que pudessem desestabilizar tais regimes. Na quase totalidade dos casos, o poder daqueles que foram perseguidos era desprezível, e via de regra não eram pessoas que poderiam sequer sonhar em desestabilizar o governo. O principal motivo de tão grande perseguição, qual nunca se viu igual em toda a história, foi simplesmente a mentalidade assassina e paranóica dos líderes socialistas e a consciência de que dirigiam um regime essencialmente mau, ao qual o povo combateria se pudesse ter real liberdade.

14.Entre outros motivos, por não crermos na capacidade humana de conhecer o futuro, deploramos e odiamos toda “moral” finalista, isto é, a que julga os atos dos homens pelas suas supostas contribuições para a execução de um “grande plano para o bem da espécie humana”. Em particular, julgamos como criminosos, assassinos e genocidas os socialistas que agiram e agem como criminosos, assassinos e genocidas.

15.Não sentimos nenhuma necessidade de aparentar a falsa “isenção” exigida pelos “politicamente corretos”. Podemos simplesmente criticar os regimes socialistas sem ter de fingir que acreditamos que qualquer mal que eles tenham praticado tem necessariamente que ser contrabalançado por algum mal equivalente em regimes não socialistas. Não nos sentimos na obrigação de acreditar em declarações de intenções de socialistas em desacordo com tudo que conhecemos da realidade de seus atos. Não sentimos obrigação de nos curvarmos à chantagem do vitimismo. Não sentimos obrigação de nos curvarmos às loucuras do “politicamente correto”. Não sentimos obrigação de acreditar em “pacifismos” de um lado só, com toda aparência de guerra de propaganda. Não sentimos obrigação de fazer vista grossa aos genocídios que ocorreram no passado e que ocorrem hoje, praticados por socialistas ou incentivados por eles. Não sentimos obrigação de nos envergonharmos de nossas crenças religiosas conforme os sacerdotes do esquerdismo as declarem culpadas. Em particular, aqueles direitistas que são cristãos não sentem obrigação de se envergonhar de Cristo, por ordem dos esquerdistas. Não sentimos obrigação de considerarmos qualquer intelectual orgânico superior a nós, na vã esperança de escaparmos de seu ódio, nem sentimos obrigação de considerar mentirosos, genocidas e colaboradores de genocidas como o padrão moral superior da humanidade.

domingo, 4 de janeiro de 2009

LIBERDADE: INFORMAÇÃO

Escolhas

Em outro artigo, expus minha opinião de que o homem goza do mesmo tipo de liberdade do Eterno, embora em escala limitada. Entendo que um resultado disto é a possibilidade de que homens tomem decisões erradas. Sendo livre o homem pode permitir inclusive que o mal surja dentro dele. Neste momento, ele deixa de ser livre e torna-se escravo do mal. Conforme entendo, a graça comum impede que esta escravidão seja completa, a ação do Espirito do Eterno “contrabalança” o mal, induzindo o homem ao bem. Desta forma ele se torna parcialmente bom, embora este não tenha mais o poder (por si mesmo) de extirpar o mal de dentro do seu coração.


Informando-se

Uma conseqüência necessária dessa cosmovisão é o valor da liberdade humana. Pessoas adultas e sãs devem ter a liberdade de tomar decisões, mesmo que estas não sejam as melhores. Para que suas decisões sejam mais que a simples pressão do meio, elas devem ser bem informadas, o que significa que ela deve ter a liberdade de buscar informações, ouvir o contraditório. Tal impulso de obter informações, uma curiosidade natural, é próprio do ser humano. Não é algo implantado ou ensinado a ele, não é uma concessão do Estado. Quando o Estado interfere nas comunicações entre as pessoas, essa interferência será mais no sentido de por impedimentos e distorções ao livre fluxo de informações do que no sentido de promove-lo. E impedir o livre fluxo de informações é uma violência contra uma necessidade natural do ser humano, a qual é importantíssima tanto para o seu desenvolvimento pessoal quanto para sua segurança. As terríveis matanças promovidas pelos regimes da URSS, China, Alemanha nazista, Camboja, Coréia do Norte, Romênia, Hungria, etc, foram todas precedidas do controle do estado sobre os meios de comunicação. Os atuais proponentes de um regime fechado de âmbito mundial, como a esquerda americana, têm um poder cada vez maior sobre os meios de comunicação. Regimes em processo de fechamento como o venezuelano, atentam sempre que podem contra a liberdade dos meios de comunicação. Sempre que um partido com objetivos finais totalitários (como o PT) chega ao poder, trabalha incessantemente para eliminar a liberdade de imprensa. E finalmente, no mundo todo, a polícia do pensamento (“politicamento correto”), criada pelos socialistas da Escola de Frankfurt, (aqueles que “mentem em favor da 'verdade'”), controla quase completamente a imprensa, produzindo distorções sistemáticas na percepção das pessoas. Não foi sem motivo que o Eterno, depois de conduzir o povo hebreu à terra prometida, desaconselhou um governo centralizado e controlador. Poderes humanos mentem. Um governo com poder absoluto, mente absolutamente.

domingo, 23 de novembro de 2008

LIBERDADE

Estado mínimo

“Então os anciãos de Israel se congregaram, e vieram a Samuel, a Ramá, e disseram-lhe: Eis que já estás velho, e teus filhos não andam pelos teus caminhos; constitui-nos pois agora um rei sobre nós, para que ele nos julgue, como o têm todas as nações.
Porém esta palavra pareceu mal aos olhos de Samuel, quando disseram: dá-nos um rei, para que nos julgue. E Samuel orou ao Senhor. E disse o Senhor a Samuel: Ouve a voz do povo em tudo quanto te disserem, pois não te têm rejeitado a ti, antes a mim me tem rejeitado para eu não reinar sobre eles. Conforme a todas as obras que fizeram desde o dia em que os tirei do Egito até ao dia de hoje, pois a mim me deixaram, e a outros deuses serviram, assim também te fizeram a ti. Agora, pois, ouve a sua voz, porém protesta-lhes solenemente, e declara-lhes qual será o costume do rei que houver de reinar sobre eles.
E falou Samuel todas as palavras do Senhor ao povo, que lhe pedia um rei. E disse: Este será o costume do rei que houver de reinar sobre vós: ele tomará os vossos filhos, e os empregará para os seus carros, e para seus cavaleiros, para que corram adiante dos seus carros. E os porá por príncipes de milhares e por cinqüentenários, e para que lavrem a sua lavoura, e seguem a sua sega, e façam as suas armas de guerra e os petrechos de seus carros. E tomará as vossas filhas para perfumistas, cozinheiras, e padeiras. E tomará o melhor das vossa terras, e das vossas vinhas; e dos vossos olivais, e os dará aos seus criados. E as vossas sementes, e as vossas vinhas dizimará, para dar aos seus eunucos e aos seus criados. Também os vossos criados, e as vossas criadas, e os vossos melhores mancebos, e os vossos jumentos tomará, e os empregará no seu trabalho. Dizimará o vosso rebanho, e vós lhe servireis de criados. Então naquele dia clamareis por causa do vosso rei, que vós houverdes escolhido; mas o Senhor não vos ouvirá naquele dia.
Porém o povo não quis ouvir a voz de Samuel; e disse: Não, mas haverá sobre nós um rei. E nós também seremos como todas as outras nações; e o nosso rei nos julgará, e sairá adiante de nós, e fará as nossas guerras.
Ouvindo pois Samuel todas as palavras do povo, as falou perante os ouvidos do Senhor.
Então o Senhor disse a Samuel; Dá ouvidos à sua voz, constitui-lhes rei. Então Samuel disse aos filhos de Israel: Vá-se cada qual à sua cidade.” Livro de Samuel, capítulo 8, versos 4 a 22.
“ Então disse Samuel a todo o povo: Vedes já a quem o Senhor tem elegido? Pois em todo o povo não há nenhum semelhante a ele. Então jubilou todo o povo, e disseram: Viva o rei! “ Livro de Samuel, capítulo 10, verso 24.

Durante séculos, os israelitas não tiveram um governo central. Moisés não lhes legou uma legislação monarquista mas, pelo contrário, estabeleceu que os assuntos deveriam ser resolvidos localmente pelos anciãos de cada cidade, com autoridade sobre as vilas no seu entorno que dela dependiam para defesa militar. Apenas em casos de dúvidas jurídicas maiores as questões deveriam ser levadas aos sacerdotes (ou ao juiz). Não existia uma organização estatal responsável pela administração ou justiça. O Juiz era simplesmente um cidadão comum, reconhecido como líder militar quando as tribos se uniam contra um inimigo externo, formando um vasto exército não profissional, e servia também de árbitro nas questões jurídicas controvertidas que lhe eram levadas (ele não as chamava para si).
Mas, espantosamente, tal nação de estrutura civil extremamente leve e aparentemente desconexa, tinha uma legislação com forte ênfase na justiça objetiva e na proteção aos mais fracos. sem nenhum auxílio de qualquer estrutura burocrática. A Lei Mosaica visava possibilitar a qualquer cidadão israelita recuperar-se economicamente, sendo auxiliado por seus concidadãos, evitando que caísse na miséria. A previsão da Lei era tão ampla, que Moisés declara, conforme o Eterno o inspirou: “não haverá no meio de ti pobre” (se tal Lei fosse cumprida). Espantoso ainda é que tal proteção pudesse existir sem regulação de preços ou controle dos meios de produção pelo Estado (e, em tempos antigos, haviam estados que controlavam os meios de produção, e eram justamente os estados que mais oprimiam os corpos e as consciências dos homens).
Mas a união de uma Lei tão previdente quanto à solução do problema da pobreza, com uma estrutura civil tão leve, parece inacreditável ao leitor moderno. Estamos acostumados a ver as pessoas que se arrogam defensores dos mais fracos, defendendo um estado mais e mais “atuante”, abrangente, totalitário mesmo, ao ponto de se imiscuir na intimidade do pensamento das pessoas, de controlar toda a crítica (seja pela ação direta, seja pela patrulha do pensamento “politicamente correto”). Parece espantoso para nós, pobres reféns da chantagem do vitimismo, a existência de uma nação ao mesmo tempo libertária e defensora dos pobres. Tão espantoso, que não conseguimos enxergar isso, mesmo lendo a Bíblia. Simplesmente não faz parte de nosso universo mental. Que pena …


Perdendo


Numa confrontação entre o Pentateuco, juntamente com o início do Livro de Samuel, contra o livro dos Juízes, parece haver uma forte oposição de idéias entre os seus autores. Os dois primeiros parecem exaltar a estrutura civil leve. Já o livro dos Juízes, fala sobre desordem e desregramento moral do povo, seu desvio da Torah, e as derrotas sob poderes estrangeiros. Finalmente, um Juiz botava ordem na casa e derrotava os inimigos externos. Muitos casos escabrosos, são seguidos da seguinte frase “não havia rei sobre Israel, e cada um fazia o que parecia bem aos seus próprios olhos”. A impressão causada, numa leitura descuidada, é que o escritor lamenta não haver monarquia naquela época.
Mas uma leitura mais atenta de Samuel, indica que o Eterno lamente que ELE tenha sido rejeitado como Rei. Em outras palavras, durante todo o período dos Juízes, Ele não foi aceito como verdadeira autoridade. Seu governo poderia ser discernido, se os israelitas quisessem, no Ensino (Torah) de Moisés, na sabedoria dos antigos, no bom senso, na disciplina mental, na voz da consciência. Apenas quando a situação apertava, o povo se voltava para o Eterno, e surgia um Juiz que derrotava os inimigos e levava-os à obediência à Torah. Sentiam-se desgovernados, pois não governavam seus próprios desejos, mas faziam o que parecia bom aos seus próprios OLHOS, não à sua CONSCIÊNCIA. Por sentirem-se desgovernados, queriam sobre si um rei, vistoso como os de outras nações. Por não entenderem que seu desgoverno era um problema interno, procuraram um governo forte fora de si.
Mas qual foi o resultado? Após apenas três reis governando as tribos unidas, elas se dividiram em dois estados que competiam entre si. Mesmo os melhores reis representavam pelo menos dois problemas:
Eram custosos, pois o sustento do aparelho de estado não é barato.
A existência de um governo central tirava do povo parte de suas responsabilidades. Num certo sentido, um governo forte infantiliza os cidadãos. Prova disto era o fato do povo obedecer ou desobedecer os preceitos éticos e espirituais da Torah conforme os seus reis os obedeciam ou deixavam de obedecer. Suas consciências deixaram de ser árbitro, eles a entregaram aos seus governantes … qualquer semelhança com o que vemos no mundo atual não é mera coincidência.
Quanto aos piores reis, promoviam homicídios, roubos, sacrifícios rituais de crianças, corrupção, idolatria, enfim, eram uma desgraça completa. No final, os dois reinos acabaram sendo conquistados e destruídos por potências estrangeiras. Pela sua maldade, os reis hebreus acabaram causando o mal que o povo temia. Em vez de serem a força da nação, tornaram-se a sua ruína.

PONTOS EM COMUM

Envergonho-me de admitir, mas simplesmente é verdade: existem fortes pontos em comum entre a massa esquerdista e uma PARCELA dos ATUAIS evangélicos brasileiros (e americanos). Veja esta pequena, mas significativa, lista:

1.Pouca percepção da realidade aliada a uma crença inabalável em teorias absurdas (ou provadas falsas);
2.Obediência cega e idolatria a líderes;
3.Falta de disposição para entender (ou mesmo ouvir) opiniões contrárias;
4.Falta de compreensão lógica;
5.Uso de argumentos claramente falsos, para defender posições e atacar adversários;
6.Falta de senso de proporções e de justiça;
7.Crença no poder mágico das palavras;
8.Uso de chavões, julgando estar desenvolvendo um raciocínio;
9.“Ética” finalista (os fins justificam os meios) e desprezo por pessoas que tenham uma ética de princípios;
10.Um desejo gnóstico de negar a realidade;
11.Auto-exaltação e auto-justificação, aliados a um comportamento grotescamente impio;
12.Afetação de humildade e bondade, mas sem deixar de buscar freneticamente poder (pela manipulação) e dinheiro;
13.Comportamento de manada (o que, geralmente, significa alinhamento com o pensamento politicamente correto, para pessoas bem inseridas na cultura geral, ou alinhamento a outras maluquices menos comuns, para pessoas mais ligadas a subculturas);
14.Desprezo pelas pessoas “de fora”;
15.Descaso pela igreja perseguida (cristão em países anti-cristãos). No caso dos esquerdistas, desprezo ativo, mesmo;
16.Desprezo por fontes originais de informação em favor de secundárias.

Mas há diferenças significativas, também. Embora parte dos “cristãos” (evangélicos ou não) se encaixem na descrição acima, continuarão cristãos (na verdade, podem tornar-se verdadeiramente cristãos) ao curar-se desses vícios. Mas um esquerdista que abandonasse todos esses vícios mentais, logo deixaria de crer na papagaiada esquerdista.

domingo, 16 de novembro de 2008

LIBERDADE

A LEI DE CRISTO

Quando Yeshua andava sobre esta terra, não fazia questão de ter um grande número de discípulos. Não ajustava seu discurso ao público, para agradar mais, nem fazia acordo com ninguém. Ser bem visto, ele considera um luxo totalmente dispensável. Em certa ocasião, quando um grande número de discípulos deixou-o, por estranhar seu discurso, ele questionou aqueles que ficaram, se não queriam deixa-lo também.
Um movimento religioso, erigido sobre a doutrina de um homem assim, teria de ser, como foi no princípio, extremamente livre e libertador. Vinha quem queria, ficava quem queria. A doutrina da congregação dos crentes em Yeshua, como o Messias esperado, não foi feita para ser norma institucional, muito menos norma nacional. Sendo um desenvolvimento tardio do antigo judaísmo (e portanto, um irmão dos judaísmos atuais), a doutrina dos apóstolos de Cristo tinha como referência de norma legal nacional a lei de Moisés, e nenhuma outra. A doutrina do Messias nunca foi uma norma que quisesse ou mesmo pudesse concorrer com o Ensino de Moisés. É uma doutrina de aplicação essencialmente pessoal, foi moldada de forma a ser aplicável a uma infinidade de pessoas, situações e lugares.
Ambas são aspectos do culto ao Criador. O ensino de Moisés, primariamente, era também uma norma legal nacional, tanto nos aspectos sociais quanto nos religiosos, mas perdeu, esta vertente normativa, por causa da progressiva diminuição da independência dos israelitas. Então sobressaíram (e também desenvolveram-se) os seus aspectos comunitário, familiar, ético, espiritual e profético, que originalmente, já eram muito mais fortes do que parecia indicar uma leitura ligeira.
Mas sucedeu com a doutrina cristã o contrário do que ocorreu com a de Moisés. A doutrina do Messias era uma compreensão espiritual e profética mais profunda da doutrina mosaica, junto com as conseqüências éticas que lhe seguiam, e que eram aplicáveis tanto a judeus como a não judeus. Mas ao rejeitar os judeus, os gentios, que supostamente estavam seguindo a doutrina dos apóstolos do Messias, perderam a referência do que era aquela doutrina, e passaram a ver mais importância nos seus fracos aspectos institucionais (feitos para congregações, originalmente fracamente institucionalizadas e ligadas entre si por forças mais espirituais que humanas), do que nos seus extensos e fortíssimos aspectos de relações pessoais e espirituais. Não tendo uma base real para esta forte institucionalização, miraram-se cada vez mais na doutrina administrativa romana. Quando de sua transformação em religião estatal, o cristianismo já havia sofrido extensas mutações internas, que obliteravam ainda mais a percepção de suas origens. Transformaram um doutrina da liberdade do coração em um instrumento de estados opressores.
O caminho de recuperação da liberdade dos cristãos é o caminho da desinstitucionalização. É o oposto exato do que propõem os partidários do movimento “uma igreja com propósito”. E é a cópia exata do que ocorre em países onde há perseguição religiosa, como a China. A desinstitucionalização pela qual passou a Igreja chinesa é um bem, provocado por um mal. Mas não é necessário haver fortíssima perseguição religiosa para que ela ocorra. Entreguemos as nossas vidas ao Espírito Santo pois, como dizem as Sagradas Escrituras, onde está o Espírito do Eterno, aí há liberdade. A união espiritual é a verdadeira união cristã. Prego para mim mesmo, pois se eu vivesse isto, estaria ajudando outros cristãos a serem livres. “Sai dela, povo meu”, clama o profeta. Quero também sair da Babilônia, da rede de prender homens, da “sociedade civil organizada”. Se eu chegar a abandonar o mal que há dentro de mim, então poderei ser livre e ajudar a libertar outros. Meu corpo estará na Babilônia, mas meu espírito será livre do maligno, da carne e do mundo.

domingo, 9 de novembro de 2008

LIBERDADE

Um dos argumentos contra a crença no livre arbítrio é o que segue: “Deus teria fechado os olhos para não saber os resultados de seus atos? ”. Segundo tal pensamento, o homem poderia ser livre se o Eterno fizesse um sorteio sobre algo a seu respeito. Este argumento considera liberdade igual a desconhecimento ou indeterminação. É estranho pensar assim. Imagine que eu tomasse algumas formigas e decidisse por sorteio quais deveriam morrer e quais eu deixaria viver. Isto faria destas formigas seres livres? Certamente seriam parcialmente livres em relação à minha vontade pessoal de mata-las ou não, mas não seriam seres livres em si mesmos, seriam apenas formigas como quaisquer outras.
Mas quando falam da liberdade do Eterno, tais pessoas possivelmente não imaginam algo assim. Supõe-se uma liberdade intrínseca, superior à simples indeterminação. Pois bem, alguém pode afirmar que é uma impossibilidade lógica o Eterno criar seres com o mesmo tipo de liberdade que Ele, embora não uma liberdade tão extensa? Alguém pode afirmar que seria moralmente repulsivo ao Eterno criar tais seres? Alguém pode afirmar que a Bíblia nega que Ele tenha criado seres assim? Alguém pode afirmar ter meios lógicos de provar que ele não os criaria, por algum motivo qualquer? Pois é este tipo de liberdade que atribuo aos seres humanos, o que não nega a presciência do Eterno.

UMA VIRTUDE CHAMADA CORAGEM

A MELHOR DEFESA É O ATAQUE
“Tudo tem o seu tempo determinado, e há tempo para todo o propósito debaixo do céu; há tempo de nascer, e tempo de morrer; tempo de plantar, e tempo de arrancar o que se plantou; tempo de matar, e tempo de curar; tempo de derribar e tempo de edificar; tempo de chorar, e tempo de rir; tempo de prantear, e tempo de saltar; tempo de espalhar pedras e tempo de ajuntar pedras; tempo de abraçar, e tempo de afastar-se de abraçar; tempo de buscar e tempo de perder; tempo de guardar, e tempo de deitar fora; tempo de rasgar e tempo de coser; tempo de estar calado, e tempo de falar; tempo de amar, e tempo de aborrecer; tempo de guerra e tempo de paz” Livro do Pregador (Eclesiastes), capítulo 3, até o verso 8.
“Pois também eu te digo que tu és Pedro, e sobre esta pedra edificarei a minha igreja, e as portas do inferno não prevalecerão contra ela..” Palavras de Yeshua no Evangelho segundo Mateus, capítulo 16, verso 18.
Sempre me perguntei o motivo da Igreja não ter o poder de defender-se. O diabo tem o poder de colocar seus agentes dentro dela, de corrompe-la por dentro, de faze-la cair em heresias, de promover o mal dentro dela.. Demologia da escravidão (falsamente chamada de “teologia da libertação”), Conselho Mundial Aparelhado de Igrejas, falsos bispos e falsos apóstolos, mercantilismo ... todo tipo de lixo dentro de suas portas. E a história toda não foi muito diferente: heresias, anti-semitismo, concílios cheios de anátemas, acordos com o poder político desde Constantino, o saque de Constantinopla pelos católicos, venda de indulgências, inquisições, torturas, fogueiras, guerras entre católicos e protestantes, seitas gnósticas nos mosteiros e fora deles...
Mas não podemos culpar o Eterno por isso. Ele jamais prometeu defender as portas da Igreja. Se a Igreja está tentando defender as suas portas, já está desobedecendo ordens, pois o Cristo falou das portas do inferno, e é lá, arrombando as portas do inferno, que a Igreja toda deveria estar. Ela foi montada pelo Eterno como um time de ataque muito forte, com um goleiro frangueiro. Só estará segura enquanto estiver no campo adversário. Acordos políticos, meias palavras, patrocínios externos, adaptações filosóficas, tudo isso só enfraquece a Igreja. O início de sua queda foi a tentativa de parecer bem aos olhos dos gregos, reescrevendo sua teologia em acordo com a filosofia destes. Isto fechou as portas para a compreensão das palavras dos profetas, de Yeshua e dos apóstolos no seu contexto judaico, e abriu as portas da igreja para o fortíssimo anti-semitismo grego. Depois disso, queda após queda, até o ponto mais baixo, no início da idade moderna.
A coragem e a prudência de beijam quando se faz guerra no tempo de guerra. Não há prudência nenhuma em virar as costas para o inimigo.
Este texto é uma homenagem à Ivania, que tem coragem de falar o que pensa, mesmo quando pode sofrer por isso. Invejo a sua coragem. Que um dia eu possa ser assim.